sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Museu Cainelli

Hoje quero mostrar mais um lugarzinho no Vale do Rio das Antas, dessa vez o assunto é a Cantina de Vinhos Artesanais Cainelli. Na verdade o que eu quero falar é sobre o museu que a família Cainelli mantém, eles não recebem auxílio nenhum da prefeitura de Bento Gonçalves e mesmo assim a visita não tem custo algum. A cantina fica às margens da RST 470, bem fácil de chegar e é perto de vários outros pontos turísticos, como a Ferradura do Rio das Antas, Ponte Ernesto Dornelles, Vinícola Salton e diversas bancas coloniais.

Na porão fica a adega da vinícola, o turista pode comprá-los por um preço muito bom, o porão é feito de pedra basáltica que ajuda a manter a temperatura do ambiente para a melhor conservação da bebida. O museu ocupa a parte superior da construção. O museu retrata uma casa típica de colonos italianos, os ambientes são decorados com objetos da própria família e outros que foram doações. A religião católica é destacada no museu, com a presença de imagens e quadros. Os objetos utilizados na lida do campo, bem como os materiais que eram usados para a produção dos primeiros vinhos da cantina também estão expostos.  É a segunda vez que visito este museu, e com certeza se outras oportunidades eu tiver, estarei visitando novamente.


 O horário de atendimento do museu e da cantina é de segunda a sexta, das 13hs às 18hs, mas eu fui conhecer num domingo e pude fazer a visita sem nenhum problema, o museu estava aberto. 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Um túnel de trem na margem do Rio das Antas.

 Localizado no Vale do Rio das Antas o túnel  foi construído por volta de 1967 para que pudesse ser o caminho do Trem do Vinho que levava mercadorias e passageiros pela região dos vinhedos na Serra Gaúcha. O túnel é um ponto pouco conhecido pela população serrana. Para chegar até o túnel é muito fácil, basta pegar uma rua a esquerda,  única estrada antes da ponte Ernesto Dornelles, porém, o caminho até o local não tem nenhum tipo de sinalização indicando a existência do túnel. Os trilhos estão com um aspecto de abandono, mas não sei dizer se o trem neste trecho ainda circula, ou se está desativado. Por isso o visitante deve tomar cuidado enquanto estiver conhecendo o lugar. Bem perto do túnel tem uma banca que vende o melhor caldo de cana com limão da serra, além de vender todo o tipo de produtos coloniais. Vale a parada para apreciar a vista do Rio e degustar os produtos.



segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Museu Casal Moschetti.

O museu é mantido pela Prefeitura de Farroupilha, sua localização é na área central da cidade, ao lado da Igreja Matriz. O horário de atendimento do museu é um pouco incoerente com o seu objetivo, que é o de atrair mais turistas para o município. Digo isso pois nos meses de Janeiro e Fevereiro o museu atende somente das 13:30horas até as 16:00horas, além de não abrir em nenhum final de semana durante o ano inteiro. No mínimo a casa deveria estar aberta aos sábados ou ter alguma alteração no horário de atendimento, pois quem estuda e trabalha não consegue visitar o museu em horário comercial durante a semana. 

A visita é bastante agradável, pois o visitante é recepcionado pela guia, que se disponibiliza a acompanhar os visitantes em todos os ambientes da casa, contado a história da família Moschetti e explicando sobre os objetos que o museu abriga. Se o visitante preferir, ele pode passear pela casa sozinho, as fotografias dentro do museu são liberadas, mas devemos lembrar que evitar o flash das câmeras é importante para a conservação do acervo.




Lydia Giannoni Moschetti e Luiz Moschetti são italianos que se naturalizaram brasileiros. O que muita gente não sabe é que a casa transformada em museu, nunca foi a moradia do casal. Sua residência era uma mansão em Porto Alegre e os laços com Farroupilha se deram devido há uma doença do seu filho. Os médicos indicaram que o casal levasse seu filho para Farroupilha em busca do clima ameno que a cidade serrana tem, pois isso iria colaborar com a melhora na saúde do menino. As amizades e o apego com a cidade fizeram com que Lydia a considerasse sua segunda cidade e por isso teve a iniciativa de doar parte de seu mobiliário e pertences para a montagem do museu.




O museu possui quartos, salas de jantar, e diversos cômodos totalmente mobiliados por móveis trazidos da Europa pelo casal. A decoração da casa conta ainda com inúmeros quadros pintados pela própria Lydia, que além de pintora, era escritora, cantora, e um dos ícones da assitência social do Rio Grande do Sul. Outros objetos pessoais podem ser vistos no museu, como faqueiros, livros e roupas.



Dentre todos os ítens do acervo, nenhum é tão famoso quanto a boneca Lenci. A boneca tem o tamanho de uma criança de 8 anos, é feita em porcelana. Lenci foi entregue a Lydia Moschetti como premiação pela sua participação num concurso de cantores líricos. A boneca com seu olhar sinistro fica sentada em uma sala isolada do museu, o visitante pode chegar somente até a porta, sem muita aproximação dela, mas mesmo com essa distância passa uma sensação estranha para os visitantes. Lenci passou a ser motivo de comentários sobre sua sobrenaturalidade, devido a isso a "Boneca do Museu Casal Moschetti" foi tema de um documentário, sendo considerada uma das cinco lendas urbanas de maior expressividade do RS.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Plataforma de Tramandaí.

Fevereiro, período de veraneio, o assunto de hoje no blog não poderia ser mais oportuno: a plataforma marítima de Tramandaí, a capital das praias. Tramandaí tem uma população de aproximadamente 35mil habitantes, que durante o verão se multiplicam, atingindo a marca de 350mil veranistas. Essa grande quantidade de visitantes tem uma explicação, a proximidade com a capital gaúcha. Tramandaí é a praia mais próxima da região metropolitana de Porto Alegre.


A construção da Plataforma Marítima de Tramandaí teve início no ano de 1969. 


A plataforma tem 365 metros adentrando o mar, e a largura da construção é de 8 metros, a frente da plataforma, como podemos ver na foto acima forma um "T" com 52 metros. Atualmente a plataforma é um clube de pesca com mais de 1700 sócios, que detém as "ações", mas pode ser visitada por qualquer turista durante todo o ano, a plataforma está aberta durante todos os 365 dias, sem interrupções.


Tramandaí foi o lugar em que eu pude conhecer o mar, há muitos anos atrás. Eu era bem gurizinho ainda, devia ter uns 8 ou 9 anos e nunca tinha pisado em uma praia, a primeira vez que pisei na areia fiquei meio bobo com a ventania que fazia e um pouco decepcionado com a praia. Na minha cabeça praia era o que eu via na televisão, areias brancas, mar azul, com ondas cheias de surfistas, por isso minha primeira ida a praia gerou um misto de encantamento pela imensidão do mar e frustração pelo mar chocolate que eu encontrei, pela água gelada, enfim, coisas de uma criança que estava descobrindo algo novo...


Na foto de cima eu tentei mostrar a praia vista de cima da plataforma, para que quem nunca visitou o lugar possa ter uma noção de como a plataforma realmente adentra muitos metros no mar. Na volta pra casa não esqueçam de fazer uma parada em Osório para conhecer o Parque Eólico que eu postei essa semana aqui no blog, é bem pertinho.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Os Ventos de Osório.

O intuito da criação do Parque Eólico de Osório foi incentivar o uso de novas fontes de energia, fontes alternativas, que significassem menos poluição e melhor aproveitamento da energia produzida. A criação teve fins totalmente econômicos e ecológicos, mas não é somente energia que o Parque Ventos do Sul vem produzindo na cidade de Osório, pois ele acabou se tornando um ponto turístico do litoral norte gaúcho.


 São 75 aerogeradores (os famosos cataventos) que juntos formam o maior parque eólico da América Latina.


Na foto acima podemos ver o tamanho dos aerogeradores em comparação com as casas. Eles estão instalados sobre torres de concreto de 100 metros de altura, pessoalmente fiquei impressionado com o tamanho dos cataventos, eles são realmente gigantescos.


Os aerogeradores são vistos a distância, por isso fica fácil chegar até o local. Quem está voltando do litoral norte nesse período de final de férias, pode aproveitar e dar uma conferida lá pegando a RS 030, e logo após a RST 101. Achei a visita ao parque bastante interessante, pois consegui ter uma visão da real dimensão desse empreendimento energético, que gera energia limpa utilizando uma matéria-prima que não falta na cidade de Osório, o vento.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A terra dos Cânions.

Cambará do Sul está localizada na região nordeste do Rio Grande do Sul, com aproximadamente 980 metros é uma das cidades de maior altitude no estado. Sou um admirador das araucárias (pra quem não conhece, são aqueles pinheiros com a copa enorme), logo na estrada de acesso à cidade encontramos o pórtico rodeado por essas árvores, a região dos Campos de Cima da Serra abriga uma enorme quantidade dessa espécie que é protegida por lei.


Cambará é conhecida por ser a terra dos cânions, na cidade encontra-se o Parque Nacional Aparados da Serra, o qual fazem partes o Cânion Fortaleza, Itaimbézinho, Pedra do Segredo, e diversos outros pontos naturais que encantam todo mundo que chega ao local.


A formação dos cânions ocorreu devido aos enormes derramamentos de lava na parte sul do Brasil, no período da divisão do super continente Pangéa, essa divisão que levou milhões de anos ocasionou rachaduras  que deram origens aos atuais cânions.


O período ideal para visitar os cânios é de outubro até abril, o período mais quente do ano, pois nesse período o aparecimento de neblina é menor. Durante a minha visita não dei muita sorte, pois apareceu cerração e prejudicou minha visão dos cânions, por isso tive que pegar algumas fotos da visita de minha irmã até lá, para que vocês pudessem ver os detalhes do parque.


Nessas imagens podemos ver os paredões do Cânion do Itaimbézinho, que é o mais próximo da sede do parque, o trajeto interno tem que ser feito a pé ou de bicicleta, por meio de trilhas.


O Itaimbézinho tem profundidade de até 720 metros e marca a divisa do estado do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, e é considerado um dos maiores do país. O Parque Nacional A parados da Serra é com certeza um dos lugares mais lindos dos Campos de Cima da Serra e de todo o Estado, quem decide conhecer o Rio Grande do Sul tem que obrigatoriamente reservar um tempo pra conhecer esse lugar.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Nova Milano - Berço da Imigração Italiana no Rio Grande do Sul.

Nova Milano é o 4º distrito de Farroupilha, está localizado na saída da cidade em direção a capital do Estado, às margens da RS 122. O distrito é conhecido por ter sido o marco inicial na colonização italiana no Estado, por isso a cada dois anos sedia o ENTRAI (Encontro das Tradições Italianas), uma festa típica do município, onde são resgatadas as raízes dos imigrantes que ali se instalaram.
O local conta com uma grande quantidade de casas antigas, as construções são em estilo colonial italiano, em sua maioria conservadas. Todas as vezes que visito Nova Milano eu volto para casa com aquela sensação de ter feito uma visita ao passado, um passeio pelas minhas próprias origens. A imagem acima foi tirada do alto da torre da igreja pela Geógrafa Gabriele Mauri, que frequenta o blog e enviou diversas imagens do local visto de cima. Na foto, apenas uma parte do distrito está visível.
Na praça podemos ver uma réplica dos passaportes das 3 primeiras famílias de imigrantes, os Radaelli, Sperafico e Crippa. A parte histórica de Nova Milano pode ser vista também na Gôndola Veneziana já comentada aqui no blog, que está exposta no centro da praça.

A Igreja de Santa Helena da Cruz conta com um campanário e arquiteturas típicas. Do alto da torre podemos observar todo o distrito. Nova Milano guarda consigo uma importante parte da história da serra gaúcha. Fui fazer uma visita ao cemitério da localidade também, para conhecer o túmulo dos primeiros imigrantes, mas não consegui encontrá-los. Em outra oportunidade volto a Nova Milano para um chimarrão num domingo a tarde e aproveito visitar as casas antigas e descobrir um pouco mais sobre elas. O distrito conta ainda com o Parque da Imigração Italiana, que diferente do resto do lugar, encontra-se totalmente abandonado. No local do parque há o projeto para a construção do "Nova Itália", uma parque temático de iniciativa privada, que promete alavancar o turismo da região.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Belvedere do Espigão - Veranópolis

Na subida da serra pela RST 470, todo turista tem uma parada obrigatória, o "Belvedere do Espigão". O mirante dá uma visão panorâmica do Rio das Antas. O acesso é bem sinalizado e no local o visitante conta com um restaurante e venda de produtos coloniais, o lugar é uma ótima opção para fazer um lanche antes de seguir viagem.


Do mirante conseguimos ver (se eu não me engano o nome) a usina hidrelétrica Montes Claros. A vista do vale do Rio das Antas é linda. Vale muito a pena fazer uma parada pra ter essa visão.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Espaço Cultural Casa de Pedra - Canela.

O principal ponto de cultura da cidade de Canela é o Espaço Cultural Casa de Pedra, que foi construído em 1953 pela Associação Rural da cidade. A construção é feita de rochas basálticas, na época com o revestimento interno todo de madeira.
A casa recebe peças teatrais, exposições de arte, além de exibir filmes. A capacidade de público é de cerca de 200 pessoas.

Pra quem gosta de esculturas, ao lado do Espaço Cultural podemos ver uma escultura ao ar livre, obra de Arminda Lopes, intitulada Bebê Esperança. A localização da Casa de Pedra é na rua Serafim Dias, bem no centro, em frente a praça João Corrêa.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...